A justiça ser cega, tudo bem. O que não pode é o seu Ministro ser também. Entretanto, parece que a cegueira anda em todo o palácio do planalto. A declaração de Tarso Genro sobre sua idéia de separar jovens prisioneiros para ajudar a diminuir a criminalidade é bravata de quem quer gerar manchete e desviar o foco de temas importantes como a crise no setor aéreo.
Há muito tempo o fator idade já deixou de ser critério para definir periculosidade de presidiário. Temos meninos de 16 anos (ou menos) que cometeram crimes (e possivelmente continuarão a cometer) bárbaros, ao passo que temos senhores que estão presos por roubarem itens de supermercado para matar a fome.
A justiça precisa ser mais célere, mais dinâmica e menos intolerante com aqueles que detêm poder econômico. Precisamos contar com valérios, delúbios, feffersons e dirceus pagando -talvez até com a privação de suas liberdades- por crimes que cometeram. E, além disso, necessitamos de mais educação, saúde, lazer e cultura para podermos disputar os jovens e crianças de localidades carentes com o tráfico local. Mas isso de igual para igual. Sem ser como hoje, quando a criminalidade oferece muito, mas bota muito nisso, mais do que o Estado. Qualquer proposta fora disso é conversa pra boi dormir.
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