sexta-feira, 13 de julho de 2007

Renan, o dono do circo

Desde o dia em que se levantaram suspeitas sobre suas negociações financeiras, o senador Renan Calheiros tem feito apenas uma coisa: esfregar, na cara de todo o povo brasileiro, o quanto somos palhaços diante de nossas autoridades. Renan é o único acusado que tem a prerrogativa de definir os passos do processo que existe contra ele mesmo.

Com expressão de escárnio e ironia, através de frases feitas e provocações sujas, o senador mostra para quem quiser ver a bagunça que nossas leis extensas e confusas permitem. E o pior é que, quem está do lado oposto, bradando pela ética e pelo decoro são aqueles que ou já estiveram ou, possivelmente, estarão no banco dos réus algum dia. São poucos, muito poucos, aqueles em quem podemos depositar a nesga, o resto, o retalho de esperança que pode ter sobrado em nós.

Não importa o que venha acontecer. Tudo o que já foi feito, dito, desmentido, foi o suficiente para nos dar a certeza cabal de que eles, proclamados como representantes do povo (deputados) e dos estados (senadores) não estão nem aí para nós. A guerra é entre eles, por poder, por dinheiro ou por cargos. E aos pacóvios que neles votaram (ou se abstiveram disto)? Estes que se deliciem com o PAN e que recolham-se para hibernar na ignorância que nos espera, até as próxima eleições.


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