Há dias em que você acorda
e tudo está igual
Mas você desliga o rádio
(pois não é mais hora daquela canção)
E aí
tudo fica
diferente
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Da série "Por que não escrevi isso antes?"
Tactica y Estrategia
de Mario Benedetti
Mi táctica es
mirarte
aprender como sos
quererte como sos
mi táctica es
hablarte
y escucharte
construir con palabras
un puente indestructible
mi táctica es
quedarme en tu recuerdo
no sé cómo ni sé
con qué pretexto
pero quedarme en vos
mi táctica es
ser franco
y saber que sos franca
y que no nos vendamos
simulacros
para que entre los dos
no haya telón
ni abismos
mi estrategia es
en cambio
más profunda y más
simple
mi estrategia es
que un día cualquiera
no sé cómo ni sé
con qué pretexto
por fin me necesites
de Mario Benedetti
Mi táctica es
mirarte
aprender como sos
quererte como sos
mi táctica es
hablarte
y escucharte
construir con palabras
un puente indestructible
mi táctica es
quedarme en tu recuerdo
no sé cómo ni sé
con qué pretexto
pero quedarme en vos
mi táctica es
ser franco
y saber que sos franca
y que no nos vendamos
simulacros
para que entre los dos
no haya telón
ni abismos
mi estrategia es
en cambio
más profunda y más
simple
mi estrategia es
que un día cualquiera
no sé cómo ni sé
con qué pretexto
por fin me necesites
Sem saída
Se digo tudo o que sinto
eu minto
Pois sinto bem mais
do que posso expressar
Se minto tudo o que digo
eu sinto
Pois são sentimentos que gritam
e não querem calar
Se minto tudo o que sinto
eu digo
Pois só aprendi a sentir
não sei disfarçar
E sem saber como agir
Mentir, dizer, sentir?
Escrevo
e deixo a poesia
despretensiosa
me salvar
eu minto
Pois sinto bem mais
do que posso expressar
Se minto tudo o que digo
eu sinto
Pois são sentimentos que gritam
e não querem calar
Se minto tudo o que sinto
eu digo
Pois só aprendi a sentir
não sei disfarçar
E sem saber como agir
Mentir, dizer, sentir?
Escrevo
e deixo a poesia
despretensiosa
me salvar
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Sétimo dia
Tem dias que qualquer dor eu choro
Qualquer riso eu coro
Qualquer tempo demoro
Qualquer verso eu decoro
Tem noites que qualquer dor eu mereço
Qualquer riso adormeço
Qualquer tempo anoiteço
Qualquer verso me esqueço
Tem dias que são tão escuros
Que o verso e o riso, de tão inseguros
se tornam passados,
sem tempos futuros
Tem noites que são pura poesia
Com versos que brilham, com riso, alegria
E são tão acesas que nunca anoitecem
São sempre de dia...
Qualquer riso eu coro
Qualquer tempo demoro
Qualquer verso eu decoro
Tem noites que qualquer dor eu mereço
Qualquer riso adormeço
Qualquer tempo anoiteço
Qualquer verso me esqueço
Tem dias que são tão escuros
Que o verso e o riso, de tão inseguros
se tornam passados,
sem tempos futuros
Tem noites que são pura poesia
Com versos que brilham, com riso, alegria
E são tão acesas que nunca anoitecem
São sempre de dia...
Requisitos
Coca-cola pra mim
só com muito gelo
Pra dormir
preciso da TV ligada
Strognoff tem de ter
batata-palha
Filmes de terror
só de dia
Perfume
em grande quantidade
E pizza tem de ser
calabresa
Agora
Quando o assunto
é Guilherme
aí não importa.
Sujo ou limpo
Chorando ou rindo
Feliz ou triste
Quieto ou agitado
Em qualquer situação
estou sempre a postos
Amor de verdade.
Sem exigências.
só com muito gelo
Pra dormir
preciso da TV ligada
Strognoff tem de ter
batata-palha
Filmes de terror
só de dia
Perfume
em grande quantidade
E pizza tem de ser
calabresa
Agora
Quando o assunto
é Guilherme
aí não importa.
Sujo ou limpo
Chorando ou rindo
Feliz ou triste
Quieto ou agitado
Em qualquer situação
estou sempre a postos
Amor de verdade.
Sem exigências.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Monólogo a dois
São tantas pessoas
a me dizer tantas coisas
com tantas interpretações
que só no silêncio do teu olhar
ou no murmúrio do teu idioma indefinido
encontro a compreensão
para tudo o que busco
a me dizer tantas coisas
com tantas interpretações
que só no silêncio do teu olhar
ou no murmúrio do teu idioma indefinido
encontro a compreensão
para tudo o que busco
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Autofagia
"Se o coração pudesse pensar, pararia"
Fernando Pessoa
Se a minha cabeça
parasse
e pensasse um pouquinho
ela parava de pensar
pra sempre
Fernando Pessoa
Se a minha cabeça
parasse
e pensasse um pouquinho
ela parava de pensar
pra sempre
Obrigado
E segue seu sorriso
a esconder meu juízo
a minorar meus problemas
resgatar meus poemas
a iluminar eclipses
a dirimir tolices
a ignorar a cidade
estancar o meu choro
e a engrossar o meu coro
por mais felicidade
a esconder meu juízo
a minorar meus problemas
resgatar meus poemas
a iluminar eclipses
a dirimir tolices
a ignorar a cidade
estancar o meu choro
e a engrossar o meu coro
por mais felicidade
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Preparo
Quatro mãos
dois sorrisos
um beijo
carinho e abraços
a gosto
Esqueça o relógio
Está pronta
uma noite feliz
dois sorrisos
um beijo
carinho e abraços
a gosto
Esqueça o relógio
Está pronta
uma noite feliz
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Arrumação
(Do livro "Certas incertezas" de Abril/2004)
Engraçada essa minha cabeça
revira tudo pra que eu te esqueça
Mas basta ouvir você falar
já põe a lua no lugar do sol
arruma a mesa, estende o lençol
Abre a porta:
a casa é sua, pode entrar.
Engraçada essa minha cabeça
revira tudo pra que eu te esqueça
Mas basta ouvir você falar
já põe a lua no lugar do sol
arruma a mesa, estende o lençol
Abre a porta:
a casa é sua, pode entrar.
Assim seja
(Do livro "Certas incertezas" de Abril/2004)
Que não seja mais
de tristeza o meu sorriso
Nem de alegria a minha dor
Que o sol não apareça mais ao chover
e que o sonho não se dê mais acordado
Que meus olhos não brilhem na amargura
e que o primeiro beijo
não seja mais a despedida
Que o errado não seja o mais gostoso
nem o gostoso seja o mais errado.
Que o escondido não seja o mais visível
Que a segunda não seja o melhor dia
nem o domingo, o fim de uma semana
Que a vida seja simples novamente
e que a loucura deixe de ser o meu abrigo
Que a tristeza me consuma ou me abandone
E que a felicidade retorne a ser
o chão da minha estrada
Que não seja mais
de tristeza o meu sorriso
Nem de alegria a minha dor
Que o sol não apareça mais ao chover
e que o sonho não se dê mais acordado
Que meus olhos não brilhem na amargura
e que o primeiro beijo
não seja mais a despedida
Que o errado não seja o mais gostoso
nem o gostoso seja o mais errado.
Que o escondido não seja o mais visível
Que a segunda não seja o melhor dia
nem o domingo, o fim de uma semana
Que a vida seja simples novamente
e que a loucura deixe de ser o meu abrigo
Que a tristeza me consuma ou me abandone
E que a felicidade retorne a ser
o chão da minha estrada
anatomia de um poeta solitário
(Do livro "Entre o espelho e eu" de Dezembro/2006)
Por companhia
a solidão
Por inimiga
a alegria
Por torcedora
a angústia
Por distância
a paz
Por riqueza
o passado
Por destino
a incerteza
Por teimosia
a esperança
Por ora
o presente
Por certo
muito pouco
e por mim
somente
eu mesmo
Por companhia
a solidão
Por inimiga
a alegria
Por torcedora
a angústia
Por distância
a paz
Por riqueza
o passado
Por destino
a incerteza
Por teimosia
a esperança
Por ora
o presente
Por certo
muito pouco
e por mim
somente
eu mesmo
non sense
(Do livro "Entre o espelho e eu" de Dezembro de 2006)
Há amores
que terminam.
Outros viram raiva,
ódio,
desprezo.
Mas há também
os amores que evoluem
e se transformam em um sentimento
novo
inominável
desprovido de desejos ou vontades
pedidos ou cobranças
sentimento intransitivo
que apenas existe
independente.
Com a mesma função de um casaco
na bolsa de alguém
em pleno deserto.
Há amores
que terminam.
Outros viram raiva,
ódio,
desprezo.
Mas há também
os amores que evoluem
e se transformam em um sentimento
novo
inominável
desprovido de desejos ou vontades
pedidos ou cobranças
sentimento intransitivo
que apenas existe
independente.
Com a mesma função de um casaco
na bolsa de alguém
em pleno deserto.
Complexo
(Do livro "Entre o espelho e eu" de Dezembro/2006)
Incoerência minha
esse meu medo de altura
essa minha mania de voar tão alto
Incoerência minha
esse meu medo de altura
essa minha mania de voar tão alto
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Eu por mim
(do livro "Entre o espelho e eu" de Dezembro/2006)
Se me afasto é pra continuar ao seu lado
e se adomerço
é pra manter acordado o sonho de ficarmos juntos
E se não há futuro
é no escuro que consigo claridade
para fossilizar tristezas
destruir certezas e transformar verdades
Sou assim.
Contradição afirmativa de mim mesmo
Sim e náo combinados na mesma freqüência
Sou o certo na hora errada
O caçula da ironia
Sou minha própria poesia
que tanto fala e não diz nada
Se me afasto é pra continuar ao seu lado
e se adomerço
é pra manter acordado o sonho de ficarmos juntos
E se não há futuro
é no escuro que consigo claridade
para fossilizar tristezas
destruir certezas e transformar verdades
Sou assim.
Contradição afirmativa de mim mesmo
Sim e náo combinados na mesma freqüência
Sou o certo na hora errada
O caçula da ironia
Sou minha própria poesia
que tanto fala e não diz nada
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
sábado, 9 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Classificados
Troco todos meus poemas
por dias de paz
por noites serenas
sem angústias
sem lágrimas
sem dilemas
por dias de paz
por noites serenas
sem angústias
sem lágrimas
sem dilemas
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