De tanto mandar no meu peito
um dia você, sem respeito,
decide mandá-lo embora
Explicou-me suas desculpas
disse não ter mais jeito
“bá-blá-blá
não era a hora”
Assim, parti por decreto
Com você por dentro
mas sem te ter por perto
Rumo indefinido,
destino final incerto
Viajante a contra-gosto
Com nuvens pesadas no peito
Pancadas de chuva no rosto
E então, eis que em outro dia
quando a minha poesia
caminhava sem inspiração
Surge um olhar diferente
a instalar refletores
no meu coração
Desses momentos
em que nada se espera
e nascem flores no outono
e tudo se faz primavera
E o meu sono que era mudo
recomeça a sonhar
E o escuro que era tudo
decide brilhar
Mas quando em mim
já queimava o verão
ressurge você
a trazer confusão
Destruindo a calmaria
Provocando ventania
caos, furacão
A querer reescrever
nossa história
sem ligar pra memória
de que foi escolha sua
esse ponto final
E sem ligar pro meu contexto,
com seu encanto desleal,
você destrói meu texto
com seu temporal
E modifica o meu roteiro
diferente, genial
Sem perguntar a mim,
o papel principal,
se aceito esse fim
em que acabo chorando
em que acabo chovendo
como antes
tudo igual
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