Foi isso, e só isso, o que aconteceu hoje, durante as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, na Cidade do Samba. Lula fez sua bravata ao afirmar que "sexo é uma coisa que todo mundo gosta e é quase uma necessidade orgânica". A alfinetada na igreja foi só para garantir a aparição em destaque. Daqui a algum tempo, ele aparece de braços dados com algum bispo, padre ou frei e, até lá, já teremos todos, católicos, espíritas, evangélicos e macumbeiros, esquecido deste episódio.
O testemunho de Cabral, garantindo que continua "sujeito-macho" mesmo depois da operação de vasectomia, segue a mesma linha das palavras presidenciais. Não serve para nada. No máximo para as mulheres falarem para os maridos frases como "viu, banana? Ele fez e tá lá. Toma vergonha e vai cortar isso aí, senão corto eu mesma".
O fato é que ambos estão nos sites de hoje e estarão nas capas dos jornais de amanhã. Durante a semana, alguns bares e botequins terão discussões sobre a virilidade de Cabral e os pecados de Lula. Mas uma abordagem séria sobre o aumento no índice de casos de AIDS e a enorme quantidade de adolescentes grávidas, isso nós não teremos. Afinal, falar sério de política no Brasil dá menos ibope que reprisar novela.

Foto: O Globo Online
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