terça-feira, 13 de março de 2007

Minha guerra particular

A Pedro Antonio

Vinte e seis anos
não foram suficientes
para eu mostrar
todo o amor que sinto por ti.
Ainda hoje me dói a lembrança
e ainda sinto uma inocente esperança
de te ouvir atender o telefone
a dizer com graça meu nome
daquela maneira que só tua alegria
sabia fazer.

E é desta forma
que vou levando a vida.
Protelando a despedida.
Mantendo o porte,
mas permitindo as lágrimas
dominarem a cena
em meus momentos de solidão.
Mas em cada brecha encontrada
encaixo tua memória,
relembrando alguma história engraçada,
algum causo, alguma cena irreverente.
Te fazendo presente
em todos meus momentos.

E em meio ao sofrimento
me faço de forte
e negocio com a morte
os meus sentimentos
Sim, aceito tua ida
mas em contrapartida
exijo
o teu não-esquecimento.

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